ALDEIA LIMPA








O Projeto Aldeia Limpa é uma proposta para gestão do lixo entre os Kayapó das aldeias Baú, Pukany e Kubenkoke, e busca trabalhar esta temática do momento da sua aquisição, ainda na condição de produtos industrializados, até o seu destino final como resíduo. (Araújo, 2010 Projeto Aldeia Limpa)

As primeiras atividades do projeto foram iniciadas em 2010 com a finalidade de se converter em um modelo de gestão participativa do lixo, com objetivos de (a) levantamento continuado das representações e do imaginário sobre geração e os problemas do lixo; (b) capacitação de multiplicadores (c) implantação participativa de um modelo de gestão do lixo, através de infraestrutura para separação, acondicionamento e destinação final do lixo gerado nas aldeias.

As soluções para o lixo gerado nas aldeias dos Kayapó Mekrãgnoti (Mebengokré) passam pelo contexto do relacionamento com a sociedade envolvente e a convivência com as transformações de sua região. É o caso da pavimentação da BR-163, uma rodovia partindo de Cuiabá no planalto central e adentrando a região amazônica até Santarém, que causará impactos extensos nas economias das duas regiões, bem como nos ecossistemas naturais ao longo da rota[1].

Neste contexto, a elaboração e implantação do Projeto Aldeia Limpa é uma medida mitigadora contemplada no PBA do componente indígena da BR 163, Associado ao subprograma de Educação ambiental, com a finalidade de reduzir os impactos causados pelo aumento do fluxo de índios para a cidade e do aumento do consumo de produtos industrializados, resultando na geração de lixo nas Terras Indígenas afetadas.



[1] A pavimentação da BR-163 e os desafios à sustentabilidade: uma análise econômica social e ambiental