DST e ALCOOLISMO







As primeiras atividades do projeto foram iniciadas em 2010 com a finalidade de reduzir os problemas relacionados ao consumo de álcool e de informar as comunidades para os perigos das relações sexuais sem o preservativo. Foi quando ocorreu o 1º seminário sobre DSTs e Alcoolismo entre os índios Kayapó, que capacitou indígenas e profissionais nas três aldeias envolvidas.

Araújo, 2010 informa que com estes objetivos e definições, as ações do seminário iniciaram suas atividades práticas e participativas a partir da realização de atividades lúdicas, apresentações de vídeos, exposição de slides envolvendo as questões do alcoolismo e das DST/AIDS. Em cada aldeia houve grande participação da comunidade, com destaque a aldeia Kubenkokre, que contou com grande participação ativa de homens, mulheres, jovens e até crianças.

Nesta segunda etapa de trabalho os objetivos e atividades que serão desenvolvidas foram frutos da avaliação das atividades do 1º seminário que indicou algumas medidas corretivas e que direciona as ações para um reforço da participação dos profissionais de saúde e de educação.

Segundo Araújo, 2010 “os índios têm que enfrentar novos desafios trazidos pela aproximação das cidades como; doenças sexualmente transmissíveis (doenças que são transmitidas por meio de relações sexuais), alcoolismo (problemas trazidos pelo consumo de bebidas alcoólicas) e a geração de resíduos”.

Estas interferências estão no contexto do relacionamento com a sociedade envolvente e com as transformações de sua região. É o caso da pavimentação da BR-163, uma rodovia partindo de Cuiabá no planalto central e adentrando a região amazônica até Santarém, que causará impactos extensos nas economias das duas regiões, bem como nos ecossistemas naturais ao longo da rota[1].

Araújo, 2010, reforça que “Foi pensando nestes novos desafios e na necessidade de se encontrar freios para os problemas trazidos pelo contato com a sociedade envolvente, que o PBA163 contempla ações de prevenção e educação no contexto do Programa Educação Ambiental. E expõe a necessidade e a importância da discussão da problemática do: consumo do álcool; das doenças sexualmente transmissíveis, AIDS; e outras doenças resultante do contato interétnico, assim como o enfrentamento dessas questões, visto ser estas, situações que vêm trazendo sérios transtornos dentro das aldeias indígenas em todo o país, seja do ponto de vista patológico, estrutural, social e cultural”.


[1] A pavimentação da BR-163 e os desafios à sustentabilidade: uma análise econômica social e ambiental